domingo, 22 de fevereiro de 2009

Gargalhadas

Só quem anda no terreno sabe aquilo que se passa, o que é preciso fazer e como deve ser feito.
Os advogados estagiários erram muito, como é suposto, e têm frequentemente receio de serem objecto de chacota por errarem. Por isso, os seus erros devem ser corrigidos sem hesitação mas também com afecto.
A galhofa faz parte desse afecto.
Aprendi isto com o Dr. José Carlos Mira, cujas sessões, incluindo as de simulação de consulta e de julgamento, eram acompanhadas de sonoras gargalhadas.
De alguém que tem apenas 3 meses de estágio pretende-se que numa simulação de julgamento se lembre dos factos que tem de provar, que saiba como deve perguntar e como se usa a acta.
Nesse acto exige-se dos formadores que corrijam o erro - imediatamente, antes que se consolide - e encaminhem o formando na direcção certa.
Como um adulto segura a mão da criança que aprende a andar, antes de esta ter de se preocupar em andar com elegância...
Eu estou muito orgulhosa dos "meus meninos".
Porque vem a propósito esclareço, relativamente a esta notícia, que a responsabilidade não é do CDL, é minha, porque fui eu quem organizou e presidiu à audiência que aí se refere.

4 comentários:

  1. Queria apenas deixar a nota que eu, formanda do grupo 4, que estava presente, que ouvi todo o julgamento e também as famigeradas "sugestões", agradeço a todos os formadores a capacidade que têm de nos transmitir (tão bem) a mensagem enquanto o erro é imberbe (e nós também), fazendo-nos rir, acreditando na alegria do Direito, que nada choca com a responsabilidade. Obrigada e, por favor, nunca deixem de "desperdiçar" connosco uma gargalhada.

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  2. Cara Dr.ª Teresa,

    pertenço ao grupo 1 (seu grupo) nas aulas de PPC. E foi tambem com orgulho que lhe respondi que "seria um prazer poder representar o reú como seu mandatário" reconheço o esforço que fez para levar o nosso bastonário á "sala de audiência" e o carinho que teve para acalmar os espiritos inquietos que inseguros tentaram defender o melhor que podiam o seu constituinte. È verdade que não chegou era necessário mais..mais solenidade, mais togas e porventura mais conhecimentos de carpintaria,

    mas ficou a estima e a gratidão de termos sido por si escolhidos..

    por isso o meu sorriso para sí..E isso importa mais do que tudo o resto.

    bem haja

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  3. As gargalhadas nunca são desperdiçadas. E sim, o V/ interesse e o V/ sorriso importam mais do que tudo o resto.
    Obrigada.

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  4. Sra. Dra.
    Foi com espanto que soube da existência da notícia a que se refere neste post, porque também estive presente e, pelo que me foi dito, entendi que o texto da notícia não fazia jus à audiência de julgamento a que assisti.
    Agora que vim à procura da mesma para verificar com os meus próprios olhos o seu contéudo, parece-me que a mesma foi retirada.
    Melhor assim!

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