Há dias em que me sinto particularmente burra, e não percebo coisas que devem ser lineares para outros. Por exemplo:
Se é evidente que só se aprende o ofício de advogado "fazendo", treinando em casos pouco complexos e de reduzida responsabilidade antes de "meter a mão" em casos complicados, porque é que os estagiários só podem participar no sistema de acesso ao direito com substabelecimento do Patrono?
Assim de repente, estou a pensar que se o Patrono não quiser ou se achar que tem mais que fazer, não se inscreve no AJ. E se não se inscreve, o estágiário que dele depende fica de fora...
Eu percebo porque é que um jovem médico começa a treinar suturas em cabeças partidas e dedos cortados, ou coisa parecida, antes de ter autorização para abrir o corpo de uma pessoa doente. Não começa logo por uma apendicectomia, que nem deve ser das intervenções mais complicadas. Digo eu... Mas eu devo ser, de facto, muito burra.
Ou, como dizia o Dr. JC Mira, "porque é que eu não fui para padre?".