Se é verdade que, como diz o povo, é a falar que a gente se entende, de um Advogado exige-se muito mais do que saber falar.
Um Advogado tem de dominar o uso da palavra escrita e da palavra falada, impondo-se rigor na utilização dos termos técnicos. Mas tem, antes de mais, de saber escrever.
Um Advogado não pode dar erros de ortografia ou de sintaxe, e impõe-se que saiba fazer concordar os tempos verbais e aplicar os sinais ortográficos.
Não pode, por exemplo, confundir a contracção da preposição "a" com o artigo "a" (à) com a 3ª pessoa do indicativo do verbo "haver" (há). Mas só quem corrige provas de advogados-estagiários sabe como essa confusão é o erro mais frequente...
Ao longo dos 17 anos que levo de ensino já vi muitos erros, sendo que o TOP 1 é claramente "ipótse", quando se pretendia escrever "hipótese".
Mas "reconvenssão" também seria motivo de riso, se não fosse motivo de desespero para quem corrige.
Interrogo-me porque é que, em textos que não são peças processuais, alguém que é advogado utiliza o k em vez de "que", pk em vez de "porque", aplica indiferentemente letras maiúsculas e minúsculas, e escreve sem usar vírgulas.
Fará o mesmo em peças processuais?
Usará perante o tribunal uma linguagem coloquial?
Eu nisto devo ser bota de elástico, e sou certamente intransigente, mas alguém que não saiba escrever não está em condições de ser Advogado. Porque ser advogado é fácil. Ser Advogado é outra coisa...
Nem mais, concordo plenamente, por isso ando neste momento a deixar de escrever na moda da internet, e escrever na língua de camões... sem a idiotice do acordo ortográfico... mas isso são outras músicas. Cpts PFL
ResponderEliminarDr PFL
ResponderEliminarObrigada pelo seu comentário. Só lhe escapou o "Cpts" :)))) Eu sei que é difícil perder o hábito de abreviar, mas o caminho faz-se caminhando, e vejo que está no caminho certo.
Um abraço
Tem toda a razão, falha minha... Cumprimentos
ResponderEliminarO tribunal usa a linguagem do lapinhos azul. Paulo Farinha Lopes
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