Tenho sete anos.
Está a chover durante o intervalo e todos os alunos da primária estão dentro do ginásio, sentados nos bancos corridos dos dias de festa.
A professora do ano a seguir ao meu está de pé à nossa frente. As outras professoras estão sentadas no meio de nós, a certificar-se de que nos portamos bem. Não gosto da Frau. É velha (deve ter mais de 40 anos...) tem sempre um ar muito sério e eu tenho medo que ela ralhe. Mas é ela a contadora de histórias nos dias de chuva. Quando ela começa a contar histórias, eu deixo de ter medo dela. Hoje leva-nos de novo numa aventura para um país de árvores de rebuçados e pontes de chocolate.
Há arco-íris, sol, muitas árvores, alegria e guloseimas por todo o lado.
A professora de ar sério conta a história como se estivéssemos, cada um de nós, sentados ao colo dela.
O que eu não sei, nos meus sete anos, é que daqui a 25 anos irei buscar a história do país de guloseimas ao fundo da memória para a contar aos meus filhos, uma e outra vez; e que, como eu, agora que está a chover tanto lá fora, os meus filhos se deixarão levar para um país de guloseimas onde nunca chove.
Está a chover durante o intervalo e todos os alunos da primária estão dentro do ginásio, sentados nos bancos corridos dos dias de festa.
A professora do ano a seguir ao meu está de pé à nossa frente. As outras professoras estão sentadas no meio de nós, a certificar-se de que nos portamos bem. Não gosto da Frau. É velha (deve ter mais de 40 anos...) tem sempre um ar muito sério e eu tenho medo que ela ralhe. Mas é ela a contadora de histórias nos dias de chuva. Quando ela começa a contar histórias, eu deixo de ter medo dela. Hoje leva-nos de novo numa aventura para um país de árvores de rebuçados e pontes de chocolate.
Há arco-íris, sol, muitas árvores, alegria e guloseimas por todo o lado.
A professora de ar sério conta a história como se estivéssemos, cada um de nós, sentados ao colo dela.
O que eu não sei, nos meus sete anos, é que daqui a 25 anos irei buscar a história do país de guloseimas ao fundo da memória para a contar aos meus filhos, uma e outra vez; e que, como eu, agora que está a chover tanto lá fora, os meus filhos se deixarão levar para um país de guloseimas onde nunca chove.
Parabéns e Obrigada.
ResponderEliminarGostei muito.
Por instantes, também eu regressei ao país onde nunca chove e à infância.
Até à faculdade nunca tive a sorte de ter bons professores. É bom saber que os houve.
ResponderEliminarTeve azar, caro Dr. Jaime!
ResponderEliminarJá eu posso dizer que tive, ao longo da vida, professores maravilhosos, verdadeiras sumidades!
Ensinaram-me a crescer, a viver e a nascer de novo sempre que fosse preciso!
Devo-lhes muito do que sou hoje!
Ana