domingo, 7 de junho de 2009

Sob pressão

Foi difícil, diz-me quem esteve lá.
Mas conseguiu-se que do EOA, com força de lei, resultasse o direito dos Advogados ao atendimento preferencial quando se dirijam a serviços públicos no exercício do mandato.
Parece que do projecto de alteração do EOA resulta que esse direito desaparece.
Vou ficar - serei só eu? - sob pressão. A vingar a proposta, terei de tirar uma manhã ou uma tarde para obter uma informação junto de Repartições de Finanças, para consultar livros em Conservatórias ou Cartórios, ou para obter uma certidão que seja urgente e não possa esperar os dois dias que leva a chegar pelo correio.
O Cliente vai ter de pagar 4 horas de trabalho em vez de pagar a meia hora que leva a ir, obter o pretendido e voltar. Ou é suposto ser eu a suportar a perda das horas de trabalho?
Sinceramente, não gostei de saber.
Onde é que ficam os direitos arduamente conquistados?

3 comentários:

  1. Paulo Farinha Lopes9 de junho de 2009 às 15:38

    Quanto a isso o BOA nesse ponto quiz ser do mais populista que sei la o quê... (tipo Sr. Costa aquando da apresentação do fim das férias judiciais de verão), mas o BOA já devia saber que o que ele disse já está previsto nas repartições, conservatórias, etc... As senhoras grávidas, com bébés ao colo, idosos têm Prioridade de Atendimento, nós Advogados temos direito de Preferência... Aliás, em muitos desses locais está uma circular com isso mesmo, colada com a bela da fita cola para todos lerem... Mas bom, aqui acho que o BOA quiz parecer bem, e ups LIXOU-SE!

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  2. Lamentável, próprio de um autocrata. Quem se sente representado ainda por este Bastonário e pelo CG?
    E não é por discordância da substância, mas antes do método.
    Direitos adquiridos que se reflectiam, obviamente, na qualidade e rapidez do serviço prestado ao cliente, já para não mencionar o tempo de trabalho a facturar, como muito bem refere.
    Sinais dos tempos e tenho cá para mim que isto é uma encomenda política, mas isto sou eu a divagar… ou não?

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  3. Outra coisa, quanto aos direito adquiridos, deve vir em linha com este Governo, onde isso nada existe e serve para acabar com o anteriormente adquirido... enfim, ainda pergunto, mesmo não tendo presenciado, in locco, para que serviu essa data e acontecimento...o 25 de Abril...

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